segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Cristão tem que dar Testemunho

A BELEZA DO TESTEMUNHO CRISTÃO – 1 Pe 3.8-16

Texto Bíblico: Fp 2.15 Para que sejais *irrepreensíveis (ex.: prof. Daniel) e **sinceros(ex.: prof. Natã), filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo.

SOMOS PARTE DE UMA GERAÇÃO ELEITA1.

O NOSSO PROCEDIMENTO É OBSERVADO
• Seja sincero nos relacionamentos – I Pe 3.8 E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis.
• Seja abençoador nas comunicações – I Pe 3.9 Não tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; sabendo que para isto fostes chamados, para que por herança alcanceis a bênção.
• Seja autêntico nas convivências – I Pe 3.10 Porque quem quer amar a vida, e ver os dias bons,refreie a sua língua do mal,e os seus lábios não falem engano.

2. A NOSSA INTEGRIDADE É EXAMINADA

• Procure ser agradável - I Pe 3.11 Aparte-se do mal, e faça o bem; Busque a paz, e siga-a.
• Procure ser consciente - I Pe 3.12 Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal.
• Procure ser prestativo - I Pe 3.13 E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem?

3. O NOSSA TESTIFICAÇÃO É RELEVANTE

• Tenha ousadia nas adversidades - I Pe 3.14 Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis;
• Tenha preparo nas controvérsias - I Pe 3.15 Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,
• Tenha controle nas acusações - I Pe 3.16 Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.



Definições:

* Irrepreensíveis: Que não merece repreensão; aquele de quem não tem o que se repreender

** Sinceros: 1. Que se expressa sem intenção de enganar. 2. Verdadeiro, autentico. ( o contrario de hipócrita )

Nota do Autor: A palavra sincero do original, significa: o resultado depois de passar pelo sol. Pegava-se o que queria dar brilho, passa cera e deixava a exposição do sol. A força e poder do brilho do sol fazia com que a cera se derretesse e a sim a peça tornava-se original. Desta peça se dizia: SEM CERA (sincera).

Precisamos passar pelo Sol de Deus(JESUS), para que seja derretida a cera da mentira, inveja, hipocrisia etc, etc para que sejamos sinceros e irrepreensíveis.

sábado, 20 de dezembro de 2008

"O João Bunyan de Gales"

Christmas Evans
O «João Bunyan de Gales»
(1766-1838)
Seus pais deram-lhe o nome de Christmas porque nas­ceu no dia de "Christmas" (Natal), em 1766. O povo deu-lhe a alcunha de "Pregador Caolho" porque era cego de um olho. Alguém assim se referiu a Christmas Evans: "Era o mais alto dos homens, de maior força física e o mais corpu­lento que jamais vi. Tinha um olho só; se há razão para di­zer que era olho, pois mais propriamente pode-se dizer que era uma estrela luzente, brilhando como Vênus". Foi cha­mado, também, "O João Bunyan de Gales", porque era o pregador que, na história desse país, desfrutava mais do poder do Espírito Santo. Em todo o lugar onde pregava, havia grande número de conversões. Seu dom de pregar era tão extraordinário, que, com toda a facilidade, podia levar um auditório de 15 a 20 mil pessoas, de temperamen­to e sentimentos vários, a ouvi-lo com a mais profunda atenção. Nas igrejas, não cabiam as multidões que iam ouvi-lo durante o dia; à noite, sempre pregava ao ar livre, sob o brilhar das estrelas.Durante a sua mocidade, viveu entregue à devassidão e à embriaguez. Numa luta, foi gravemente esfaqueado; ou­tra vez foi tirado das águas como morto e, ainda doutra vez, caiu de uma árvore sobre uma faca. Nas contendas era sempre o campeão, até que, por fim, numa briga, seus companheiros cegaram-lhe um olho. Deus, contudo, fora misericordioso durante esse período guardando-o com vida para, mais tarde, fazê-lo útil no seu serviço.
Com a idade de 17 anos, foi salvo: aprendeu a ler e, não muito depois, foi chamado a pregar e separado para o mi­nistério. Seus sermões eram secos e sem fruto até que, um dia, em viagem para Maentworg, segurou seu cavalo e en­trou na mata onde derramou a sua alma em oração a Deus. Como Jacó em Peniel, de lá não saiu antes de receber a bênção divina. Depois daquele dia reconheceu a grande responsabilidade de sua obra; regozijava-se sempre no espírito de oração e surpreendeu-se grandemente com os frutos gloriosos que Deus começou a conceder-lhe. Antes destas coisas, possuía dons e corpo de gigante; porém, de­pois, foi-lhe acrescentado o espírito de gigante. Era corajo­so como um leão e humilde como um cordeiro; não vivia para si, mas para Cristo. Além de ter, por natureza, uma mente ativa e uma maneira tocante de falar, tinha um co­ração que transbordava de amor para com Deus e o próxi­mo. Verdadeiramente era uma luz que ardia e brilhava.
No Sul de Gales andava a pé, pregando, às vezes, cinco sermões num só dia. Apesar de não andar bem vestido e de possuir maneiras desastrosas, afluíam grandes multidões para ouvi-lo. Vivificado com o fogo celestial, subia em espírito como se tivesse asas de anjo e quase sempre levava o auditório consigo. Muitas vezes os ouvintes rompiam em choro e outras manifestações, coisas que não podiam evi­tar. Por isso eram conhecidos por "Saltadores Galeses".
Era convicção de Evans que seria melhor evitar os dois extremos: o excesso de ardor e a frieza demasiada. Porém Deus é um ser soberano, operando de várias maneiras. A alguns Ele atrai pelo amor, enquanto a outros Ele espanta com os trovões do Sinai, para acharem preciosa paz em Cristo. Os vacilantes, às vezes, são por Deus sacudidos sobre o abismo da angústia eterna, até clamarem pedindo misericórdia e acharem gozo indizível. O cálice desses transborda até que alguns, não compreendendo, pergunta­ram: - "Por que tanto excesso?"
Acerca da censura que faziam dos cultos, Evans escre­veu: "Admiro-me de que o gênio mau, chamando-se 'o anjo da ordem , queira experimentar tornar tudo, na ado­ração a Deus, em coisa tão seca como o monte Gilboa. Es­ses homens da ordem desejam que o orvalho caia e o sol brilhe sobre todas as suas flores, em todos os lugares, me­nos nos cultos ao Deus todo-poderoso. Nos teatros, nos ba­res e nas reuniões políticas, os homens comovem-se, entu­siasmam-se e são tocados de fogo como qualquer 'Saltador Galês'. Mas, segundo eles desejam, não deve haver coisa alguma que dê vida e entusiasmo à religião! Irmãos, medi­tai nisto! - Tendes razão, ou estais errados?"
Conta-se que, em certo lugar, havia três pregadores para falar, sendo Evans o último. Era um dia de muito ca­lor; os primeiros dois sermões foram muito longos, de for­ma que todos os ouvintes ficaram indiferentes e quase exaustos. Porém, depois de Evans haver pregado cerca de quinze minutos, sobre a misericórdia de Deus, tal qual se vê na parábola do Filho Pródigo, centenas dos que estavam sentados na relva, repentinamente, ficaram em pé. Alguns choravam e outros oravam sob grande angústia. Foi im­possível continuar o sermão: o povo continuou a chorar e orar durante o dia inteiro e de noite até amanhecer.
Na ilha de Anglesey, porém, Evans teve de enfrentar certa doutrina chefiada por um orador eloqüente e instruí­do. Na luta contra o erro dessa seita, começou a esfriar es­piritualmente. Depois de alguns anos, não mais possuía o espírito de oração nem o gozo da vida cristã. Mas ele mes­mo descreveu como buscou e recebeu de novo a unção do poder divino que fez a sua alma abrasar-se ainda mais do que antes:
"Não podia continuar com o meu coração frio para com Cristo, sua expiação e a obra de seu Espírito. Não suporta­va o coração frio no púlpito, na oração particular e no estu­do, especialmente quando me lembrava de que durante quinze anos o meu coração se abrasava como se eu andasse com Jesus no caminho de Emaús. Chegou o dia, por fim,que nunca mais esquecerei. Na estrada de Dolgelly, senti-me obrigado a orar, apesar de ter o coração endurecido e o espírito carnal. Depois de começar a suplicar, senti como que pesados grilhões me caíssem e como que montanhas de gelo se derretessem dentro de mim. Com esta manifesta­ção, aumentou em mim a certeza de haver recebido a pro­messa do Espírito Santo. Parecia-me que meu espírito in­teiro fora solto de uma prisão prolongada, ou como se esti­vesse saindo do túmulo num inverno muitíssimo frio. Cor­reram-me abundantemente as lágrimas e fui constrangido a clamar e pedir a Deus o gozo da sua salvação, e que Ele visitasse, de novo, as igrejas de Anglesey que estavam sob meus cuidados. Tudo entreguei nas mãos de Cristo... No primeiro culto depois, senti-me como que removido da re­gião estéril e frígida de gelo espiritual, para as terras agra­dáveis das promessas de Deus. Comecei, então, de novo os primeiros combates em oração, sentindo um forte anelo pela conversão de pecadores, tal como tinha sentido em Leyn. Apoderei-me da promessa de Deus. O resultado foi, que vi, ao voltar a casa, o Espírito operar nos irmãos de Anglesey, dando-lhes o espírito de oração com importuna­ção."
Passou então o grande avivamento do pregador ao povo em todos os lugares da ilha de Anglesey e em todo o Gales. A convicção de pecado, como grandes enchentes passava sobre os auditórios. O poder do Espírito Santo operava até o povo chorar e dançar de alegria. Um dos que assistiram ao seu famoso sermão sobre o Endemoninhado Gadareno, conta como Evans retratou tão fielmente a cena do livra­mento do pobre endemoninhado, a admiração do povo ao vê-lo liberto, o gozo da esposa e dos filhos quando voltou a casa, curado, que o auditório rompeu em grande riso e cho­ro. Alguém assim se expressou: "O lugar tornou-se em um verdadeiro 'Boquim' de choro" (Juizes 2.1-5). Outro ainda disse que o povo do auditório ficou como os habitantes duma cidade abalada por um terremoto, correndo para fo­ra, prostrando-se em terra e clamando a Deus.
Não semeava pouco, portanto colhia abundantemente; ao ver a abundância da colheita, sentia seu zelo arder de novo, seu amor aumentar e era levado a trabalhar ainda mais. A sua firme convicção era de que nem a melhor pes­soa pode salvar-se sem a operação do Espírito Santo e nem o coração mais rebelde pode resistir ao poder do mesmo Espírito. Evans sempre tinha um alvo quando lutava em oração: firmava-se nas promessas de Deus, suplicando com tanta importunação como quem não podia desistir antes de receber. Dizia que a parte mais gloriosa do minis­tério do pregador era o fato de agradecer a Deus pela ope­ração do Espírito Santo na conversão dos pecadores.
Como vigia fiel, não podia pensar em dormir enquanto a cidade se incendiava. Humilhava-se perante Deus, ago­nizando pela salvação de pecadores, e de boa vontade gas­tou suas forças físicas, ou mentais, pregou o último ser­mão, sob o poder de Deus, como de costume. Ao findar dis­se: "Este é meu último sermão". Os irmãos entenderam que se referira ao último sermão naquele lugar. Caiu doen­te, porém, na mesma noite. Na hora da sua morte, três dias depois, dirigiu-se ao pastor, seu hospedeiro, com estas palavras: "O meu gozo e consolação é que, depois de me ocupar na obra do santuário durante cinqüenta e três anos, nunca me faltou sangue na bacia'. Prega Cristo ao povo". Então, depois de cantar um hino, disse: "Adeus! Adeus!" e faleceu.
A morte de Christmas Evans foi um dos eventos mais solenes em toda a história do principado de Gales. Houve choro e pranto no país inteiro.
O fogo do Espírito Santo fez os sermões deste servo de Deus abrasar de tal forma os corações, que o povo da sua geração não podia ouvir pronunciar o nome de Christmas Evans sem ter uma lembrança vivida do Filho de Maria na manjedoura de Belém; do seu batismo no Jordão; do jar­dim do Getsêmani; do tribunal de Pilatos; da coroa de es­pinhos; do monte Calvário; do Filho de Deus imolado no altar, e do fogo santo que consumia todos os holocaustos, desde os dias de Abel até o dia memorável em que esse fogo foi apagado pelo sangue do Cordeiro de Deus.

O Despertador de Deus

Jônatas Edwards
Grande despertador
(1703-1758)
Há dois séculos que o mundo fala do famoso sermão: Pecadores nas mãos de um Deus irado e dos ouvintes que se agarravam aos bancos pensando que iam cair no fogo eterno. Esse fato foi, apenas, um dos muitos que acontece­ram nas reuniões em que o Espírito Santo desvendava os olhos dos presentes para eles contemplarem as glórias do Céu e a realidade do castigo que está bem perto daqueles que estão afastados de Deus.
Jônatas Edwards, entre os homens, era o vulto maior nesse avivamento, que se intitulava O grande desperta­mento. Sua vida é um exemplo destacado de consagração ao Senhor para o desenvolvimento maior do intelecto e, sem qualquer interesse próprio, de deixar o Espírito Santo usar o mesmo intelecto como instrumento nas suas mãos. Amava a Deus, não somente de coração e alma, mas tam­bém de todo o entendimento. "Sua mente prodigiosa apo­derava-se das verdades mais profundas". Contudo, "sua alma era, de fato, um santuário do Espírito Santo". Sob aparente calma exterior, ardia nele o fogo divino, como um vulcão.
Os crentes atuais devem a esse herói, graças à sua per­severança em orar e estudar sob a direção do Espírito, a volta às várias doutrinas e práticas da igreja primitiva. Grande é o fruto da dedicação do lar em que Edwards nas­ceu e se criou. Seu pai foi o amado pastor de uma só igreja durante um período de sessenta e quatro anos. Sua piedosa mãe era filha de um pregador que pastoreou uma igreja durante mais de cinqüenta anos.
Dez das irmãs de Jônatas, quatro eram mais velhas do que ele e seis mais novas. "Muitas foram as orações que os pais ofereceram a Deus, para que o único e amado filho fos­se cheio do Espírito Santo, e que se tornasse grande peran­te o Senhor. Não somente oravam assim, fervorosa e cons­tantemente, mas mostravam-se igualmente zelosos em criá-lo para Deus. As orações, à volta da lareira, os estimu­laram a se esforçarem, e seus esforços redobrados os moti­varam a orarem mais fervorosamente... O ensino religioso e permanente resultou em Jônatas conhecer intimamente a Deus, quando ainda criança".
Quando Jônatas tinha sete ou oito anos, houve um despertamento na igreja de seu pai, e o menino acostumou-se a orar sozinho, cinco vezes, todos os dias, e a chamar ou­tros da sua idade para orarem com ele.
Citamos aqui as suas palavras sobre esse assunto: "A primeira experiência, de que me lembro, de sentir no ínti­mo a delícia de Deus e das coisas divinas, foi ao ler as pala­vras de 1 Timóteo 1.7: 'Ora, ao Rei dos séculos, imortal, in­visível; ao único Deus seja honra e glória para todo o sem­pre. Amém'. Sentia a presença de Deus até arder o coração e abrasar a alma de tal maneira, que não sei descrevê-la... Gostava de passar o tempo olhando para a lua e, de dia, a contemplar as nuvens e os céus. Passava muito tempo ob­servando a glória de Deus, revelada na natureza e cantan­do as minhas contemplações do Criador e Redentor... An­tes me sentia demasiado assombrado ao ver os relâmpagos e ouvir a troar do trovão. Porém mais tarde eu me regozija­va ao ouvir a majestosa e terrível voz de Deus na trovoada". Antes de completar treze anos, iniciou seu curso em Yale College, onde, no segundo ano, leu atentamente a fa­mosa obra de Locke: Ensaio sobre o entendimento huma­no. Vê-se, nas suas próprias palavras acerca dessa obra, o grande desenvolvimento intelectual do moço: "Achei mais gozo nisso do que o mais ávido avarento, em ajuntar gran­des quantidades de ouro e prata de tesouros recém-adquiridos".
Edwards, antes de completar dezessete anos, diplo­mou-se no Yale College com as maiores honras. Sempre es­tudava com esmero, mas também conseguia tempo para estudar a Bíblia, diariamente. Depois de. diplomar-se, con­tinuou seus estudos em Yale, durante dois. anos e foi então separado para o ministério.
Foi nessa altura que seu biógrafo escreveu acerca de seu costume de dedicar certos dias para jejuar, orar e exami­nar-se a si mesmo.
Acerca da sua consagração, com idade de vinte anos, Edwards escreveu: "Dediquei-me solenemente a Deus e o fiz por escrito, entregando a mim mesmo e tudo que me pertencia ao Senhor, para não ser mais meu em qualquer sentido, para não me comportar como quem tivesse direi­tos de forma alguma... travando, assim, uma batalha com o mundo, a carne e Satanás até o fim da vida".
Alguém assim se referiu a Jônatas: "Sua constante e solene comunhão com Deus, em secreto, fazia com que o rosto dele brilhasse perante o próximo, e sua aparência, semblante, palavras e todo o seu comportamento eram acompanhados por seriedade, gravidade e solenidade".
Aos vinte e quatro anos casou-se com Sara Pierrepont, filha de um pastor, e desse enlace nasceram, como na família do pai de Edwards, onze filhos.
Ao lado de Jônatas Edwards, no Grande Despertamento, estava o nome de Sara Edwards, sua fiel esposa e ajudadora em tudo. Como seu marido, ela nos serve como exemplo de rara intelectualidade. Profundamente estudio­sa, inteiramente entregue ao serviço de Deus, ela era co­nhecida por sua santa dedicação ao lar, pelo modo de criar seus filhos e pela economia que praticava, movida pelas palavras de Cristo: "Para que nada se perca". Mas antes de tudo, tanto ela como seu marido eram conhecidos por suas experiências em oração. Faz-se menção destacada es­pecialmente dum período de três anos, durante o qual, apesar de gozar de perfeita saúde, ficava repetidas vezes sem forças, por causa das revelações do Céu. A sua vida in­teira foi de intenso gozo no Senhor.
Jônatas Edwards costumava passar treze horas, todos os dias, estudando e orando. Sua esposa, também, diaria­mente o acompanhava na oração. Depois da última refei­ção, ele deixava toda a lida, a fim de passar uma hora com a família.
- Mas, quais as doutrinas de que a igreja havia esqueci­do e quais as que Edwards começou a ensinar e a observar de novo, com manifestações tão sublimes?
Basta uma leitura superficial para descobrir que a dou­trina, à qual deu mais ênfase, foi a do novo nascimento, como sendo uma experiência certa e definida, em contras­te com a idéia da Igreja Romana e de várias denominações.
O evento que marcou o começo do Grande Despertamento foi uma série de sermões feitos por Edwards sobre a doutrina da justificação pela fé, que fez os ouvintes senti­rem a verdade das Escrituras, de que toda a boca ficará fe­chada no dia de juízo, e que "não há coisa alguma que, por um momento, evite que o pecador caia no Inferno, senão o bel prazer de Deus".
É impossível avaliar o grau do poder de Deus, derrama­do para despertar milhares de almas, para a salvação, sem primeiro nos lembrarmos das condições das igrejas da Nova Inglaterra, e do mundo inteiro, nessa época. Quem, até hoje, não se admira do heroísmo dos puritanos que co­lonizaram as florestas da Nova Inglaterra? Passara, po­rém, essa glória e a igreja, indiferente e cheia de pecado, se encontrava face com o maior desastre. Parecia que Deus não queria abençoar a obra dos puritanos, obra que existiu unicamente para sua glória. Por isso, no mesmo grau que havia coragem e ardor entre os pioneiros, houve entre seus filhos, perplexidade e confusão. Se não pudessem alcan­çar, de novo, a espiritualidade, só lhes restava esperar o juízo dos céus.O famoso sermão de Edwards, ''Pecadores nas mãos de um Deus irado", merece menção especial.
O povo, ao entrar para o culto, mostrava um espírito le­viano, e mesmo de desrespeito, diante dos cinco pregado­res que estavam presentes. Jônatas Edwards foi escolhido para pregar. Era homem de dois metros de altura; seu ros­to tinha aspecto quase feminino, e o corpo magro de jejuar e orar. Sem quaisquer gestos, encostado num braço sobre a tribuna, segurando o manuscrito na outra mão, falava em voz monótona. Discursou sobre o texto de Deuteronômio 32.35: "Ao tempo em que resvalar o seu pé".
Depois de explicar a passagem, acrescentou que nada evitava, por um momento, que os pecadores caíssem no In­ferno, a não ser a própria vontade de Deus; que Deus esta­va mais encolerizado com alguns dos ouvintes do que com muitas pessoas que já estavam no Inferno; que o pecado era como um fogo encerrado dentro do pecador e pronto, com a permissão de Deus, a transformar-se em fornalhas de fogo e enxofre, e que somente a vontade do Deus indig­nado os guardava da morte instantânea.
Prosseguiu, então, aplicando o texto ao auditório: "Aí está o Inferno com a boca aberta. Não existe coisa alguma sobre a qual vós vos possais firmar e segurar. Entre vós e o Inferno existe apenas a atmosfera... há, atualmente, nu­vens negras da ira de Deus pairando sobre vossas cabeças, predizendo tempestades espantosas, com grandes trovões. Se não existisse a vontade soberana de Deus, que é a única coisa para evitar o ímpeto do vento até agora, serieis des­truídos e vos tornaríeis como a palha da eira... O Deus que vos segura na mão, sobre o abismo do Inferno, mais ou me­nos como o homem segura uma aranha ou outro inseto no­jento sobre o fogo, durante um momento, para deixá-lo cair depois, está sendo provocado em extremo... Não há que admirar, se alguns de vós com saúde e calmamente sentados aí nos bancos, passarem para lá antes de ama­nhã..."
O resultado do sermão foi como se Deus arrancasse um véu dos olhos da multidão para contemplar a realidade e o horror da posição em que estavam. Nessa altura o sermão foi interrompido pelos gemidos dos homens e os gritos das mulheres; quase todos ficaram de pé, ou caídos no chão. Foi como se um furacão soprasse e destruísse uma floresta. Durante a noite inteira a cidade de Enfield ficou como uma fortaleza sitiada. Ouvia-se, em quase todas as casas, o clamor das almas que, até aquela hora, confiavam na sua própria justiça. Esperavam que, a qualquer momento, o Cristo descesse dos céus com os anjos e apóstolos ao lado, e que os túmulos entregassem os mortos que neles havia.
Tais vitórias, contra o reino das trevas, foram ganhas de joelhos. Edwards não abandonara, nem deixara de go­zar os privilégios das orações, costume que vinha desde a meninice. Continuou a freqüentar, também, os lugares so­litários na floresta onde podia ter comunhão com Deus. Como um exemplo citamos a sua experiência com a idade de trinta e quatro anos, quando entrou na floresta, a cava­lo. Lá, prostrado em terra, foi-lhe concedido ter uma visão tão preciosa da graça, amor e humilhação de Cristo como Mediador, que passou uma hora vencido por uma torrente de lágrimas e pranto.
Como era de esperar, o Maligno tentou anular a obra gloriosa do Espírito Santo no "Grande Despertamento", atribuindo tudo ao fanatismo. Em sua defesa Edwards es­creveu : "Deus, conforme as Escrituras, faz coisas extraor­dinárias. Há motivos para crer, pelas profecias da Bíblia, que sua obra mais maravilhosa seria feita nas últimas épo­cas do mundo. Nada se pode opor às manifestações físicas, como as lágrimas, gemidos, gritos, convulsões, falta de for­ças... De fato, é natural esperar, ao lembrarmo-nos da re­lação entre o corpo e o espírito, que tais coisas aconteçam. Assim falam as Escrituras: do carcereiro que caiu perante Paulo e Silas, angustiado e tremendo; do Salmista que ex­clamou, sob a convicção do pecado: 'Envelheceram os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo' (Salmo 32.3); dos discípulos, que, na tempestade do lago, clama­ram de medo; da Noiva, do Cântico dos Cânticos, que fi­cou vencida, pelo amor de Cristo, até desfalecer..."
Certo é que na Nova Inglaterra começou, em 1740, um dos maiores avivamentos dos tempos modernos. É igual­mente certo que este movimento se iniciou, não com os ser­mões célebres de Edwards, mas com a firme convicção deste, de que há uma "obra direta que o Espírito divino faz na alma humana". Note-se bem: Não foram seus sermões mo­nótonos, nem a eloqüência extraordinária de alguns, como Jorge Whitefield, mas, sim, a obra do Espírito Santo no co­ração dos mortos espiritualmente, que, "começando em Northampton, espalhou-se por toda a Nova Inglaterra e pelas colônias da América do Norte, chegando até a Escó­cia e a Inglaterra". De uma época de maior decadência, a Igreja de Cristo, entre a população escassa da Nova Ingla­terra, despertou e foram arrebatadas de trinta a cinqüenta mil almas do Inferno durante um período de dois a três anos.
No meio das suas lutas, sem ninguém esperar, a vida de Jônatas Edwards foi tirada da Terra. Apareceu a varíola em Princeton e um hábil médico foi chamado de Filadélfia para inocular os estudantes. O nosso pregador e duas de suas filhas foram também vacinados. Na febre que resul­tou, as forças de nosso herói diminuíram gradualmente até que, um mês depois, faleceu.
Assim diz um de seus biógrafos: "Em todo o mundo onde se falava o inglês, era considerado o maior erudito desde os dias do apóstolo Paulo ou de Agostinho".
Para nós, a vida de Jônatas Edwards é uma das muitas provas de que Deus não quer que desprezemos as faculda­des intelectuais que Ele nos concede, mas que as desenvol­vamos, sob a direção do Espírito Santo, e que as entregue­mos desinteressadamente para o seu uso.

Um exemplo para todos os Pregadores

Jorge Whitefield
Pregador ao ar livre
(1714-1770)

Mais de 100 mil homens e mulheres rodeavam o prega­dor, há mais de duzentos anos, em Cambuslang, Escócia. As palavras do sermão, vivificadas pelo Espírito Santo, ou­viam-se distintamente em todas as partes que formavam esse mar humano. É-nos difícil fazer uma idéia do vulto da multidão de 10 mil penitentes que responderam ao apelo para se entregarem ao Salvador. Estes acontecimentos ser­vem-nos como um dos poucos exemplos do cumprimento das palavras de Jesus: "Na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fa­rá maiores do que estas, porque vou para meu Pai" (João 14.12).
Havia "como um fogo ardente encerrado nos ossos" deste pregador, que era Jorge Whitefield. Ardia nele um zelo santo de ver todas as pessoas libertas da escravidão do pecado. Durante um período de vinte e oito dias fez a incrí­vel façanha de pregar a 10 mil pessoas diariamente. Sua voz se ouvia perfeitamente a mais de um quilômetro de distância, apesar de fraco de físico e de sofrer dos pulmões.Não havia prédio no qual coubessem os auditórios e, nos países onde pregou, armava seu púlpito nos campos, fora das cidades. Whitefield merece o título de príncipe dos pregadores ao ar livre, porque pregava em média dez vezes por semana, e isso fez durante um período de trinta e qua­tro anos, em grande parte sob o teto construído por Deus -os céus.
A vida de Jorge Whitefield era um milagre. Nasceu em uma taberna de bebidas alcoólicas. Antes de completar três anos, seu pai faleceu. Sua mãe casou-se novamente, mas a Jorge foi permitido continuar os estudos na escola. Na pensão de sua mãe, fazia a limpeza dos quartos, lavava roupa e vendia bebidas no bar. Estranho que pareça e ape­sar de não ser salvo, interessava-se grandemente pela lei­tura das Escrituras, lendo a Bíblia até alta noite prepa­rando sermões. Na escola era conhecido como orador: Sua eloqüência era natural e espontânea, um dom extraordiná­rio de Deus, dom que possuía sem ele mesmo saber.
Custeou os próprios estudos em Pembroke College, Ox­ford, servindo como garçom em um hotel. Depois de estar algum tempo em Oxford, ajuntou-se ao grupo de estudan­tes a que pertenciam João e Carlos Wesley. Passou muito tempo, como os demais do grupo, jejuando e esforçando-se para mortificar a carne, a fim de alcançar a salvação, sem compreender que "a verdadeira religião é a união da alma com Deus e a formação de Cristo em nós."
Acerca da sua salvação, escreveu algum tempo antes de morrer: "Sei o lugar onde... Todas as vezes que vou a Ox­ford, sinto-me impelido a ir primeiro a este lugar onde Je­sus se revelou a mim, pela primeira vez, e me deu o novo nascimento".
Com a saúde abalada, talvez pelo excesso de estudo, Jorge voltou a casa para recuperá-la. Resolvido a não cair no indiferentismo, inaugurou uma classe bíblica para jo­vens que, como ele, desejavam orar e crescer na graça de Deus. Visitavam diariamente os doentes e os pobres e, fre­qüentemente, os prisioneiros nas cadeias, para orarem com eles e prestarem-lhes qualquer serviço manual que pudes­sem. Jorge tinha no coração um plano que consistia em pre­parar cem sermões e apresentar-se para ser separado para o ministério. Porém quando havia preparado apenas um sermão, seu zelo era tanto, que a igreja insistia em ordená-lo, tendo penas vinte e um anos apesar de ser regra não aceitar ninguém para tal cargo, com menos de 23 anos.
O dia antes da sua separação para o ministério, passou-o em jejum e oração. Acerca desse fato, ele escreveu: "À tarde, retirei-me para um alto, perto da cidade, onde orei com instância durante duas horas, pedindo a meu favor e também por aqueles que estavam para ser separados comi­go. No domingo, levantei-me de madrugada e orei sobre o assunto da epístola de Paulo a Timóteo, especialmente sobre o preceito: 'Ninguém despreze a tua mocidade'. Quando o ancião me impôs as suas mãos, se meu vil cora­ção não me engana, ofereci todo o meu espírito, alma e cor­po para o serviço no santuário de Deus... Posso testificar; perante os céus e a terra, que dei-me a mim mesmo, quan­do o ancião me impôs as mãos, para ser um mártir por aquele que foi pregado na cruz em meu lugar".
Os lábios de Whitefield foram tocados pelo fogo divino do Espírito Santo na ocasião da sua separação para o mi­nistério. No domingo seguinte, naquela época de gelo espi­ritual, pregou pela primeira vez. Alguns se queixaram de que quinze dos ouvintes enlouqueceram ao ouvirem o ser­mão. O ancião, porém, compreendendo o que se passava, respondeu que seria muito bom, se os quinze não se esque­cessem da sua "loucura" antes de chegar o outro domingo.
Whitefield nunca se esqueceu nem deixou de aplicar a si as seguintes palavras do Doutor Delaney: "Desejo, todas as vezes que subir ao púlpito, considerar essa oportunida­de como a última que me é dada de pregar, e a última dada ao povo de ouvir". Alguém assim escreveu sobre uma de suas pregações: "Quase nunca pregava sem chorar e sei que as suas lágrimas eram sinceras. Ouvi-o dizer: 'Vós me censurais porque choro. Mas, como posso conter-me, quando não chorais por vós mesmos, apesar das vossas al­mas mortais estarem a beira da destruição? Não sabeis se estais ouvindo o último sermão, ou não, ou se jamais tereis outra oportunidade de chegar a Cristo!" Chorava, às vezes, até parecer que estava morto e custava a recuperar as forças. Diz-se que os corações da maioria dos ouvintes eram derretidos pelo calor intenso de seu espírito, como prata na fornalha do refinador.
Quando estudante no colégio de Oxford, seu coração ar­dia de zelo e pequenos grupos de alunos se reuniam no seu quarto, diariamente; eles eram movidos, como os discípu­los logo depois do derramamento do Espírito Santo, no Pentecoste. O Espírito continuou a operar poderosamente nele e por ele durante o resto da sua vida, porque nunca abandonou o costume de buscar a presença de Deus. Divi­dia o dia em três partes: oito horas sozinho com Deus e em estudos, oito horas para dormir e as refeições, oito horas para o trabalho entre o povo. De joelhos, lia, e orava sobre as leituras das Escrituras e recebia luz, vida e poder. Le­mos que numa das suas visitas aos Estados Unidos, "pas­sou a maior parte da viagem a bordo, sozinho em oração". Alguém escreveu sobre ele: "Seu coração encheu-se tanto dos céus que anelava por um lugar onde pudesse agradecer a Deus; e sozinho, durante horas, chorava comovido pelo amor consumidor do seu Senhor". Suas experiências no ministério confirmavam a sua fé na doutrina do Espírito Santo, como o Consolador ainda vivo, o poder de Deus ope­rando atualmente entre nós.
A pregação de Jorge Whitefield era feita de forma tão vivida que parecia quase sobrenatural. Conta-se que, certa vez pregando a alguns marinheiros, descreveu um navio perdido num furacão. Tudo foi apresentado em manifesta­ções tão reais que, quando chegou ao ponto de descrever o barco afundando, alguns marinheiros pularam dos assen­tos, gritando: "Às baleeiras! Às baleeiras!". Em outro ser­mão falou acerca dum cego andando na direção dum pre­cipício desconhecido. A cena foi tão real que, quando o pre­gador chegou ao ponto de descrever a chegada do cego à beira do profundo abismo, o camareiro-mor, Chesterfield, que assistia, deu um pulo gritando: "Meu Deus! ele desa­pareceu!"
O segredo, porém, da grande colheita de almas salvas não era a sua maravilhosa voz nem a sua grande eloqüên­cia. Não era também porque o povo tivesse o coração aberto para receber o Evangelho, porque era tempo de grande decadência espiritual entre os crentes.
Também não foi porque lhe faltasse oposição. Repeti­das vezes Whitefield pregou nos campos, porque as igrejas fecharam-lhe as portas. Às vezes nem os hotéis queriam aceitá-lo como hóspede. Em Basingstoke foi agredido a pauladas. Em Staffordshire atiraram-lhe torrões de terra. Em Moorfield destruíram a mesa que lhe servia de púlpito e arremessaram contra ele o lixo da feira. Em Evesham, as autoridades, antes de seu sermão, ameaçaram prendê-lo, se pregasse. Em Exeter, enquanto pregava a dez mil pes­soas, foi apedrejado de tal forma que pensou haver chega­do para ele a hora, como o ensangüentado Estevão, de ser imediatamente chamado à presença do Mestre. Em outro lugar, apedrejaram-no novamente, até ficar coberto de sangue. Verdadeiramente levava no corpo, até a morte, as marcas de Jesus.
O segredo de tais frutos na sua pregação era o seu amor para com Deus. Quando ainda muito novo, passava noites inteiras lendo a Bíblia, que muito amava. Depois de se converter, teve a primeira daquelas experiências de sentir-se arrebatado, ficando a sua alma inteiramente aberta, cheia, purificada, iluminada da glória e levada a sacrifi­car-se, inteiramente, ao seu Salvador. Desde então nunca mais foi indiferente em servir a Deus, mas regozijava-se no alvo de trabalhar de toda a sua alma, e de todas as suas forças, e de todo seu entendimento. Só achava interesse nos cultos e escreveu para sua mãe que nunca mais volta­ria ao seu emprego. Consagrou a vida completamente a Cristo. E a manifestação exterior daquela vida nunca exce­dia a sua realidade interior, portanto, nunca mostrou can­saço nem diminuiu a marcha durante o resto de sua vida.
Apesar de tudo, ele escreveu: "A minha alma era seca como o deserto. Sentia-me como encerrado dentro duma armadura de ferro. Não podia ajoelhar-me sem estar toma­do de grandes soluços e orava até ficar molhado de suor... Só Deus sabe quantas noites fiquei prostrado, de cama, ge­mendo, por causa do que sentia, e ordenando, em nome de Jesus, que Satanás se apartasse de mim. Outras vezes pas­sei dias e semanas inteiros prostrado em terra, suplicando para ser liberto dos pensamentos diabólicos que me dis­traíam. Interesse próprio, rebelião, orgulho e inveja me atormentavam, um após outro, até que resolvi vencê-los ou morrer. Lutei até Deus me conceder vitória sobre eles".
Jorge Whitefield considerava-se um peregrino errante no mundo, procurando almas. Nasceu, criou-se e diplo­mou-se na Inglaterra. Atravessou o Atlântico treze vezes. Visitou a Escócia quatorze vezes. Foi ao País de Gales vá­rias vezes. Visitou uma vez a Holanda. Passou quatro me­ses em Portugal. Nas Bermudas, ganhou muitas almas para Cristo, como nos demais lugares onde trabalhou.
Acerca do que sentiu em uma das viagens à colônia da Geórgia, Whitefield escreveu: 'Foram-me concedidas ma­nifestações extraordinárias do alto. Cedo de manhã, ao meio-dia, ao anoitecer e à meia-noite, de fato durante o dia inteiro, o amado Jesus me visitava para renovar-me o cora­ção. Se certas árvores perto de Stonehourse pudessem fa­lar, contariam acerca da doce comunhão, que eu e algumas almas amadas desfrutamos ali com Deus, sempre bendito. Às vezes, quando de passeio, a minha alma fazia tais in­cursões pelas regiões celestes, que parecia pronta a aban­donar o corpo. Outras vezes sentia-me tão vencido pela grandeza da majestade infinita de Deus, que me prostrava em terra e entregava-lhe a alma, como um papel em bran­co, para Ele escrever nela o que desejasse. De uma noite nunca me esquecerei. Relampejava excessivamente. Eu pregara a muitas pessoas e algumas ficaram receosas de voltar a casa. Senti-me dirigido a acompanhá-las e apro­veitar o ensejo para as animar a se prepararem para a vin­da do Filho do homem. Oh! que gozo senti na minha alma! Depois de voltar, enquanto alguns se levantavam das suas camas, assombrados pelos relâmpagos que andavam pelo chão e brilhavam duma parte do céu até outra, eu com mais um irmão ficamos no campo adorando, orando, exul­tando ao nosso Deus e desejando a revelação de Jesus dos céus, uma chama de fogo!"
- Como se pode esperar outra coisa a não ser que as multidões, a quem Whitefield pregava, fossem levadas a bus­car a mesma Presença? Na sua biografia há um grande nú­mero de exemplos como os seguintes: "Oh! quantas lágrimas foram derramadas, com forte clamor, pelo amor do querido Senhor Jesus! Alguns desmaiavam e quando re­cobravam as forças, ouviam e desmaiavam de novo. Ou­tros gritavam como quem sente a ânsia da morte. E depois de eu findar o último discurso, eu mesmo senti-me tão ven­cido pelo amor de Deus que quase fiquei sem vida. Contu­do, por fim, revivi e, depois de me alimentar um pouco, es­tava fortalecido bastante para viajar cerca de trinta quilô­metros, até Nottingham. No caminho, a alma alegrou-se cantando hinos. Chegamos quase à meia-noite; depois de nos entregarmos a Deus em oração, deitamo-nos e descan­samos na proteção do querido Senhor Jesus. Oh! Senhor, jamais existiu amor como o teu!"
Então Whitefield continuou, sem cansar: "No dia se­guinte em Fog's Manor, a concorrência aos cultos foi tão grande como em Nottingham. O povo ficou tão quebrantado que, por todos os lados, vi pessoas banhadas em lágri­mas. A palavra era mais cortante que espada de dois gu­mes e os gritos e gemidos alcançavam o coração mais endu­recido. Alguns tinham semblantes pálidos como a palidez de morte; outros torciam as mãos, cheios de angústia; ain­da outros foram prostrados ao chão, ao passo que outros caíam e eram aparados nos braços de amigos. A maior par­te do povo levantava os olhos para os céus, clamando e pe­dindo a misericórdia de Deus. Eu, enquanto os contempla­va, só podia pensar em uma coisa: o grande dia. Pareciam pessoas acordadas pela última trombeta, saindo dos seus túmulos para o juízo."
"O poder da presença divina nos acompanhou até Baskinridge, onde os arrependidos choravam e os salvos ora­vam, lado a lado. O indiferentismo de muitos transformou-se em assombro, e o assombro, depois, em grande alegria. Alcançou todas as classes, idades e caracteres. A embria­guez foi abandonada por aqueles que eram dominados por esse vício. Os que haviam praticado qualquer ato de injus­tiça foram tomados de remorso. Os que tinham furtado fo­ram constrangidos a fazer restituição. Os vingativos pedi­ram perdão. Os pastores ficaram ligados ao seu povo por um vínculo mais forte de compaixão. O culto doméstico foi iniciado nos lares. Os homens foram levados a estudar a Palavra de Deus e a terem comunhão com o seu Pai, nos céus".
Mas não foi somente os países populosos que o povo afluiu para o ouvir. Nos estados Unidos, quando eram ain­da um país novo, ajuntaram-se grandes multidões dos que moravam longe um do outro, nas florestas. O famoso Ben­jamim Franklin, no seu jornal, assim noticiou essas reu­niões: "Quinta-feira o reverendo Whitefield partiu de nos­sa cidade, acompanhado de cento e cinqüenta pessoas a cavalo, com destino a Chester, onde pregou a sete mil ou­vintes, mais ou menos. Sexta-feira pregou duas vezes em Willings Town a quase cinco mil; no sábado, em Newcas­tle, pregou a cerca de duas mil e quinhentas, e na tarde do mesmo dia, em Cristiana Bridge, pregou a quase três mil; no domingo, em White Clay Creek, pregou duas vezes (descansando uma meia hora entre os sermões a oito mil pessoas, das quais, cerca de três mil, tinha vindo a cavalo. Choveu a maior parte do tempo, porém, todos se conserva­ram em pé, ao ar livre".
Como Deus estendeu a sua mão para operar prodígios por meio de seu servo, vê-se no seguinte: Num estrado pe­rante a multidão, depois de alguns momentos de oração em silêncio, Whitefield anunciou de maneira solene o tex­to: "É ordenado aos homens que morram uma só vez, e de­pois disto vem o juízo". Depois de curto silêncio, ouviu-se um grito de horror, vindo dum lugar entre a multidão. Um pregador presente foi até o local da ocorrência, para saber o que tinha acontecido. Logo voltou e disse: - "Irmão Whi­tefield, estamos entre os mortos e os que estão morrendo. Uma alma imortal foi chamada à eternidade. O anjo da destruição está passando sobre o auditório. Clame em alta voz e.não cesse". Então foi anunciado ao povo que um den­tre a multidão havia morrido. Então Whitefield leu a se­gunda vez o mesmo texto: "É ordenado aos homens que morram uma só vez". Do local onde a Senhora Huntington estava em pé, veio outro grito agudo. De novo, um tremor de horror passou por toda a multidão quando anunciaram que outra pessoa havia morrido. Whitefield, porém, em vez de ficar tomado de pânico, como os demais, suplicou graça ao Ajudador invisível e começou, com eloqüência tremenda, a prevenir os impenitentes do perigo. Não deve­mos concluir, contudo, que ele era ou sempre solene ou sempre veemente. Nunca houve quem experimentasse mais formas de pregar do que ele.
Apesar da sua grande obra, não se pode acusar White­field de procurar fama ou riquezas terrestres. Sentia fome e sede da simplicidade e sinceridade divina. Dominava to­dos os seus interesses e os transformava para glória do rei­no do seu Senhor. Não ajuntou ao redor de si os seus con­vertidos para formar outra denominação, como alguns es­peravam. Não, apenas dava todo o seu ser, mas queria "mais línguas, mais corpos, mais almas a usar para o Se­nhor Jesus".
A maior parte de suas viagens à América do Norte fo­ram feitas a favor do orfanato que fundara na colônia da Geórgia. Vivia na pobreza e esforçava-se para granjear o necessário para o orfanato. Amava os órfãos ternamente, escrevendo-lhes cartas e dirigindo-se a cada um pelo no­me. Para muitas dessas crianças, ele era o único pai, o úni­co meio de elas terem o sustento. Fez uma grande parte da sua obra evangelística entre os órfãos e quase todos perma­neceram crentes fiéis, sendo que um bom número deles se tornaram ministros do Evangelho.
Whitefield não era de físico robusto: desde a mocidade sofria quase constantemente, anelando, muitas vezes, par­tir e estar com Cristo. A maior parte dos pregadores acham impossível pregar quando estão enfermos como ele.
Assim foi que, aos 65 anos de idade, durante sua sétima viagem à América do Norte, findou a sua carreira na Ter­ra, uma vida escondida com Cristo em Deus e derramada num sacrifício de amor pelos homens. No dia antes de fale­cer, teve de esforçar-se para ficar em pé. Porém, ao levan­tar-se, em Exeter, perante um auditório demasiado grande para caber em qualquer prédio, o poder de Deus veio sobre ele e pregou, como de costume, durante duas horas. Um dos que assistiram disse que "seu rosto brilhava como o sol". O fogo aceso no seu coração no dia de oração e jejum, quando da sua separação para o ministério, ardeu até den­tro dos seus ossos e nunca se apagou (Jeremias 20.9).Certo homem eminente dissera a Whitefield: "Não es­pero que Deus chame o irmão, breve, para o lar eterno, mas quando isso acontecer, regozijar-me-ei ao ouvir o seu testemunho". O pregador respondeu: "Então ficará desa­pontado; morrerei calado. A vontade de Deus é dar-me tan­tos ensejos para testificar dele durante minha vida, que não me serão dados outros na hora da morte".
E sua morte ocorreu como predissera.
Depois do sermão, em Exeter, foi a Newburyport para passar a noite na casa do pastor. Ao subir para o quarto de dormir, virou-se na escada e, com a vela na mão, proferiu uma curta mensagem aos amigos que ali estavam e insis­tiam em que pregasse.
Às duas horas da madrugada acordou. Faltava-lhe o fô­lego e pronunciou para o seu companheiro as suas últimas palavras na Terra: "Estou morrendo".
No seu enterro, os sinos das igrejas de Newburyport dobraram e as bandeiras ficaram a meia-haste. Ministros de toda a parte vieram assistir aos funerais; milhares de pessoas não conseguiram chegar perto da porta da igreja, por causa da imensa multidão. Conforme seu pedido, foi enterrado sob o púlpito da igreja.
Se quisermos os mesmos frutos de ver milhares salvos, como Jorge Whitefield os teve, temos de seguir o seu exem­plo de oração e dedicação.- Alguém pensa que é tarefa demais? Que diria Jorge Whitefield, junto, agora, com os que levou a Cristo, se lhe fizéssemos essa pergunta?

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Namoro na Adolescência

Não há uma idade estabelecida para o inicio de um namoro, pois é muito relativo. A maturidade deverá ser observada, pois há pessoas com bastante idade mas pouco juizo, enquanto outros são o contrario, pouca idade, mas juizo de sobra.
Porém aconselhamos que antes dos quinze anos o namoro é tido como precoce e nocivo, o mesmo não é aprovado pôr Deus, pois gera problemas físicos e psicológicos em virtude do jovem ser imaturo, o mesmo acaba não conseguindo encarar e nem resolver os problemas. Em resumo, não se deve incentivar um namoro na adolescência.O amor precoce é cego e foi com razão que os gregos o representaram sob as feições de "Eros", o menino dos olhos vendados, atirando a esmo setas envenenadas nos corações incautos.

O namoro precoce possuem muitas desvantagens para o adolescente,como:
•Pode mergulhá-los em vivencias, ou namoros para os quais não estão suficientemente maduros para superá-los.
•Isola a menina moça e o menino moço, num período em que suas personalidades exigem companheirismo.
•Antecipa abruptamente a duração da primeira juventude.
•A experiência tem mostrado que os namoros antes dos quinze anos, raramente concretizam-se em casamento, senão nos livros de romances ou apenas em uma fantasia dos filmes de amor.

A maior decadência de uma moça e um rapaz é a ambição de viver uma vida amorosa, muitas vezes incentivadas através dos filmes de love story, incentivada pela sociedade pecadora, envenenada pelas setas das concupiscências carnais (Gal.5:19,20 e 21). Colocando Deus e as coisas Divinas em último lugar nas suas prioridades. Isso causou e está causando tristeza em milhares de jovens que está iludido com o namoro e exploração do sexo.Disse um certo poeta:"O maior gesto de amor não está nos braços que se enlaçam nem nos lábios que se tocam, mas nos joelhos que dobram, para uma oração lado a lado".

A atitude de um casal cristão determinam quanto se ama.

Na bíblia a palavra namoro é inexistente, isso levando em consideração a cultura oriental e principalmente a judaica, contudo nós que somos ocidentais convivemos mais de perto com esse tipo de relacionamento, daí a importância de tratarmos do assunto de uma formar bem clara e cuidadosa. Desenvolveremos asseguir alguns tópicos sobre o assunto, que estarão divididos da seguinte forma :1.A necessidade do oposto2.A fase crítica3.As conseqüências4.A Maturidade5.O melhor de Deus

1-A Necessidade do Oposto" Disse o Senhor Deus : Não é bom que o homem esteja só. Farlhe-ei uma adjutora que lhe corresponda". ( Gênesis 2:18 ) Deus instituiu no homem, apartir da criação da mulher, um desejo de ter alguém ao seu lado. Ao nascermos este desejo já existe em nossas vidas, e vindo a ser despertado justamente na fase do desenvolvimento ( Adolescência ). É importante observar que tais impulsos não podem ser extintos, mas sim controlados. Por este motivo é necessário estarmos juntos a Deus e contar com pessoas que possam nos orientar segundo os preceitos Bíblicos.Alguns fatores influenciam no despertamento destes impulsos, tais como :a) Televisão ( Novelas, Programas Artísticos etc. )b) Revistas ( Artistas da TV, Cantores etc. )c) Internet ( Salas de Bate Papos )d) Grupinhos em Colégiose) Cinemas, shopping, Parques etc.Isto não significa que não podem freqüentar estes lugares de lazeres ou mesmo acessar a Internet, o que eu quero dizer é que estes são fatores de grandes influências no qual desperta o desejo do namoro.O desejo do oposto na adolescência é um sentimento prematuro, onde levado adiante gera um namoro e que na maioria das vezes, fora da vontade de Deus.
Não se deve incentivar um namoro na adolescência em ipotese alguma.
Não se tem uma idade estabelecida para o inicio de um namoro. Mas os especialistas no assunto aconselham que, para a moça a idade dos 19 anos é o inicio de novas responsabilidades e o rapaz apartir dos 21, por ambos terem a maior idade, concluído os estudos e uma visão mais ampla do que querem ser no futuro. Isso não é regra, pois a muitas variações de maturidade, mais tenha muito cuidado para combater o avanço sentimental que está no coração se ainda és adolescente, entretanto existe métodos que o ajudarão neste combate, destaco aqui alguns deles :a)Esteja sempre interessado pelos trabalhos da Igrejab)Participe de Estudos Bíblicosc)Atividades Recreativas ( Gincanas, retiros etc. )d)Atividades Espirituais
e)Nunca esqueça da Oração e leitura da Bíblia

2-A Fase Crítica"Foge também dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, com um coração puro, invocam ao Senhor". II Tm. 2:22Considero a fase crítica, "O processo de evolução do desejo que o adolescente está desenvolvendo em seu coração em querer namorar", pois a partir daí ele se torna alvo de ataques por parte do mundo que o cerca. É nesta fase que começam os olhares, os flertes, as paqueras e uma série de outros fatores que contribui para o avanço do namoro propriamente dito. Levo em consideração aqui o meu tempo de adolescente e o trabalho que venho acompanhando já algum tempo junto a grupo de jovens e adolescentes.Deixo bem claro que não sou extremista e nem radical ao fazer tais declarações, pois toda regra tem suas exceções, mas o tempo e a experiência diz que "A ignorância de assuntos complicados e que podem trazer problemas, nos torna alvos fáceis dos mesmos", então é preciso estar bem informado acerca de tudo o que diz respeito ao problema para podermos saber como lidar com ele.Atualmente o contato social entre as pessoas estão a cada dia perdendo os seus valores e a tendência da fase crítica é atingir cada vez mais um número maior de adolescentes, por isso quero conscientizá-lo dos perigos que o cercam.
Alimentar os desejos para um namoro imaturo é perder parte das delicias da vida reservadas por Deus para essa faze da vida. Deus quer tiver a cada dia como um adolescente inteligente, que gosta de estudar, tem sonhos para o futuro, prima por boas amizades, respeita os pais e aprende com facilidade lições de responsabilidade. Um namoro nessa fase só serve para desvirtuar essas virtudes, pois passará a querer mais tempo com a pessoa que gosta, ter sentimentos magoados, tempo com os pais já não é prioridade, dentre outras conseqüências inclusive no futuro.

3-As Conseqüências"Tomara alguém fogo no seu seio sem que as suas vestes se queimem?""Ou andará alguém sobre as brasas, sem que se queimem seus pés?""( Provérbios 6:27-28 )As conseqüências de um namoro na adolescência podem ser as mais desagradáveis possíveis. Nessa faze não se tem uma idéia definida da realidade a dois. O que paira na cabeça são apenas fantasias que ouviram na infância, ainda a muito por se amadurecer. O índice de gravidez e de aborto na adolescência tem crescido assustadoramente a cada ano, um fato interessante é que a mídia é uma das grandes responsáveis por este crescimento, pois estimula a prática do sexo antes do casamento. Tenho visto lares desfeitos, filhos desamparados e mães solteiras, tudo em conseqüência de relacionamentos proibidos, que em sua maioria atingem jovens e adolescentes. Tenha cuidado, as conseqüências são desastrosas.

4 - A Maturidade"E crescia Jesus em sabedoria, em estatura e em graça para com Deus e os homens". ( Lucas 2:52 )A bíblia não relata a vida de Jesus na sua adolescência, mas o texto acima retrata como se desenvolveu a mesma, pois aos 12 anos lá estava ele no meio dos Doutores da Lei interrogando-os ( Lucas 2:39-47 ), talvez você replique, mas isso só aconteceu com Jesus ! então leia o texto abaixo sobre João Batista :"E o menino crescia e se fortalecia em Espírito; e viveu nos desertos até o dia em que havia de mostrar-se a Israel". ( Lucas 1:80 )O que quero enfatizar neste tópico é que o adolescente precisa desenvolver uma maturidade semelhante as de Jesus e João Batista, que são exemplos vivos para nós.Desenvolva sua maturidade seguindo bons exemplos. Nesta fase o líder é um formador de opiniões, chega a se tornar um espelho, isto é, um referencial para seus liderados, mas observe bem, eu falei um referencial e não um super-homem.

5 - O Melhor de Deus"Pois sei os planos que tenho para vós, diz o Senhor, planos de paz, e não de mal, para vos dar uma esperança e um futuro". ( Jeremias 29:11 )Uma das promessas mais lindas que eu acho é esta do livro do profeta Jeremias, note que ele fala "tenho planos", que eu grifei de propósito para lhe mostrar que Deus tem planos para o presente, e se apropriarmos deles com certeza seremos bem sucedidos.
Os planos de Deus para sua vida são transcendental, Deus escolheu o melhor para você, não se preocupe se os seus colegas, amigos de escola já estão namorando ou "ficando" – Deus tem o melhor para você, Deus só quer o melhor para os seus filhos!Gostaria de manifestar uma opinião sobre este assunto, sempre que acontecia algo que me deixava triste o Espírito Santo sempre me consolava com esta frase "Deus tem o melhor para você", eu concordo em Gênero, grau e número, pois tem sido um marco em minha vida até hoje, e como não poderia deixar de comentar, faço menção que isto se torne uma realidade em tua vida. Amem ! Deus te abençoe!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A Terminologia de " Culto "

Todas as palavras gregas para culto significam trabalho, serviço prestado a um superior,
serviço prestado a Deus. Culto, portanto, como ficou definido, é um serviço que se presta a Deus.
Muitos, modernamente, entendem que culto é “invocação da divindade”, para que o Deus invocado se coloque a serviço dos invocadores. Outros pensam que culto é uma festa espiritual com o objetivo de alegrar os fiéis. Quanto mais festivo, mais “espiritual” é o culto, pensam os ludinistas. Os idólatras acham que culto é veneração e adoração do divino consubstanciado ou materializado em ícones, que lhes servem de símbolos e objetos de fé. Há os que revivem os cultos orgíacos do paganismo grecoromano.
Outros ressuscitam o dualismo persa da luta do deus do bem contra o deus do mal, do Espírito
Santo contra o espírito satânico. A doutrina do satanismo versus divinismo substitui a pessoa do pregador pela do exorcista; e o culto se transforma numa batalha entre Deus e Satã. Alguns, não poucos, entendem que culto é uma reunião de pedintes de bênçãos espirituais e materiais, mais estas que aquelas.
Os que mais pedem são os que menos servem. Numerosos hoje, a maioria inconscientemente,
transformam o culto numa sessão ordenatória e de cobrança na qual o homem poderoso, supercrente, pela fé positiva e pela palavra autoritativa, exige do Criador respostas unicamente positivas às suas petições e lhe cobra os direitos que, na qualidade de filho, possui por criação e por natureza. É osuserano comandando o Soberano. Crença absurda, mas popularíssima entre os carismáticos “prosperistas”.
No espaço sagrado, uma propriedade exclusiva de Deus, onde o culto se realizava em Israel, não havia lugar para “manifestações demoníacas”, pois aí Deus se manifestava, e exclusivamente ele, não como escravo dos adoradores, mas como Senhor soberano e absoluto em santidade, sabedoria, grandeza, bondade, justiça e poder.

Os principais termos conotadores e denotadores do culto são:

01 - Douleo:
Serviço escravo do “doulos”, sem qualquer direito pessoal, trabalhista, salarial; e mais, sem livre arbítrio. O escravo e sua produção pertenciam ao seu senhor. Tudo que um escravo faz é para
riqueza e glória de seu senhor. O crente é “doulos” de Deus, um cultuador, portanto.

02 - Therapeuo:
Serviço voluntário, sem remuneração; geralmente exercido na área carita-tiva ou no serviço
público, mas sempre de cunho social. O “therapeuta” era livre para “doar” o seu trabalho como
expressão de amor fraternal e comunitário.

03 - Hypereteo:
Serviço de remador; remar como escravo sob comando imperativo do administrador da embarcação. Era um trabalho de ação sincronizada, conforme o grito de cadenciamento do dirigente.
O “hyperetês” era um dentre vários, mas seu trabalho sincrônico compunha a força conjunta de maneira indispensável. O navegar do barco na velocidade ideal e na direção proposta dependia da união e do esforço harmônico de todos.

04 - Diaconeo:
Serviço fundamentado unicamente no amor, na consagração, na abnegação. Diácono é aquele que serve sem esperar qualquer tipo de retorno como recompensa, reconhecimento, gratidão.
Serve-se, movido pelo amor ao próximo, jamais por venalidade, publicidade ou ostentação.

05 - Leitourgeo:
“Leitourgeo” vem de “laos”, povo, e “ergon”, trabalho; o que se faz em benefício da comunidade. Significa, portanto, prestação de serviço público, nobre ou não, tanto no palácio real como no templo. “Leitourgos”, no âmbito religioso, era quem se dedicava exclusivamente ao serviço do templo quer na ordem cerimonial e ritual quer na manutenção e administração do imóvel, dos
móveis e dos objetos consagrados a Deus e destinados ao culto.

06 - Latreuo - Latreia:
Serviço sacerdotal, o que oferece sacrifício a Deus, o que promove intermediação religiosa, o que se oferta em adoração. “Latreia” sofreu conotações diferentes em decorrência do uso que dela faz o romanismo. O culto romano divide-se em três modos de adoração: “Hiperdulia”, o culto que se
presta a Deus e ao “Santíssimo Sacramento”, especialmente à hóstia que, pela transubstanciação divinizase e se vitaliza, igualando-se a Deus, merecendo a mesma honra. A hóstia deificada é também chamada de “Corpus Christi”, corpo de Cristo. “Dulia” ( de doulos ) é o culto prestado à Virgem Maria. Por esta ordem se vê que a Virgem ocupa o segundo lugar na hierarquia divina, uma semideusa. “Latria”, culto que se presta aos santos. A palavra “latria” vem de “latron”, salário. Era, portanto, originalmente, trabalho assalariado, não escravo.

Todo trabalho do cristão, no templo ou fora dele, realizado com dedicação, eficiência e
consagração, é culto ao Criador e Salvador. A adoração é filha da mordomia.

Culto, uma realização do Espírito

Culto: Serviço prestado a Deus pelo salvo e pela comunidade em todas as atividades vitais
e existenciais. Servir é a condição essencial do servo. No primeiro caso, trata-se da atividade constante
do real servidor de Deus, que o serve de dia e de noite com sua vida, testemunho, profissão e adoração.
No segundo, tem-se em vista a liturgia comunitária, a adoração dos irmãos congregados, o ser e a voz
da Igreja.

É pelo Espírito que a Igreja afirma que “Cristo é Senhor”. Sem ele tal confissão de fé
verdadeiramente não se pronuncia: “Ninguém pode dizer: Senhor Jesus! senão pelo Espírito Santo (I
Co 12.3b). A distintiva sabedoria de conhecer e proclamar a Palavra de Deus, no sacerdócio universal
de todos os crentes, vem do Espírito Santo (I Co 12.8), isto é, os dons da pregação, da profecia (I Co
14.3) e do ensino (Rm 12.7; Ef 4.11,12). O Espírito, por meio do culto, trabalha o aperfeiçoamento dos
santos, pois a liturgia contém os instrumentos necessários para isso: “Reconhecimento da presente
glória de Deus, confissão, perdão, adoração, louvor, dedicação, consagração, intercessão, ensino, proclamação,
comunhão. O convencimento do incrédulo é obra do Espírito (I Co 14.24,25; Jo 16.8-11).
Ao profeta, isto é, ao pregador compete pregar sempre.
A adoração verdadeira é produzida pelo Espírito Santo (Fp 3.3 cf Jo 4.24; Rm 8.26,27; I
Co 14.15; Ef 6.18; Jd 20). A hinologia de que Deus se agrada vem do Espírito, inspirador da letra e da
música (I Co 14.2,25; Ef 5.19). É também o Espírito que nos leva a Cristo e este nos coloca em
comunhão com o Pai (Ef 2.28). Por outro lado, o amor que nos vincula a Deus e nos une aos irmãos é
dádiva de Cristo mediante o Espírito (Rm 5.5 cf I Co 13). Deus organiza o culto cristão, como fez no
Velho Testamento, e o executa por meio de sua Igreja instrumentalizada pelo Espírito. No culto pagão,
o homem estabelece as normas de adoração de seus deuses e as pratica, sempre conforme os seus
interesses, satisfações e desejos. O culto bíblico é instituição divina. E Deus o criou e o organizou para
que o homem o satisfaça. O culto deve ser agradável a Deus, não ao homem (Rm 12.1.2). Este só
experimenta a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, quando oferece a ele a totalidade de sua
vida, corpo-espírito (Rm 12.2). Isto se dá de duas maneiras: Pela negação de si mesmo: pela consagração
de si mesmo (Lc 9.23-27).

Todo trabalho do cristão, no templo ou fora dele, realizado com dedicação, eficiência e
consagração, é culto ao Criador e Salvador. A adoração é filha da mordomia.

terça-feira, 6 de maio de 2008

O Caráter Anamnésico do Culto Cristão

O que queremos dizer, quando falamos em caráter anamnésico do Culto Cristão? Qual o significado deste termo “anamnésico”? Quais as implicações deste termo nos “diversos tipos e estruturas” do Culto Cristão?
White afirma que anámnesis[1] é um termo-chave nos relatos paulino e lucano. Ele ressalta que nenhum termo no vernáculo transmite sozinho seu sentido pleno como o faz este termo. Ainda que usássemos outros vocábulos, como lembrança, recordação, representação e experiência renovada, não teríamos uma precisão para descrever o significado de “anámnesis”; estes vocábulos seriam imagens distantes e fracas. O real significado de “anámnesis” na definição de White expressa[2] o sentido de que, ao repetir essas ações, o adorador volta a vivenciar a realidade do próprio Jesus presente.
“O culto é perfeitamente encarnacional por ser governado por todo o evento de Jesus Cristo. O Culto Cristão está vinculado diretamente aos eventos da história da salvação. Cada evento neste culto está ligado diretamente ao tempo e à história enquanto cria pontes para eles e os traz para dentro de nosso presente”[3].
O Senhor Jesus garantiu que onde estiverem dois ou três reunidos em Seu nome, aí nesta reunião Ele estaria presente[4]. Não é uma reunião em memória de alguém que está morto, sepultado, inerte, sem poder ou numa outra dimensão espiritual e impossibilitado de interagir na reunião das pessoas que O invocam. Esta é uma reunião em que se invoca a aplicação de todos os resultantes da Obra da Salvação. É a invocação d’Aquele que venceu a morte, levantou-Se da sepultura, tem em Suas Mãos todo o poder, age em nossa dimensão e interage em nossas vidas suprindo as nossas necessidades.
O professor liturgista Jean-Jacques von Allmen diz que o Culto Cristão “resume e confirma sempre de novo a história da salvação cujo ponto culminante se encontra na intervenção encarnada do Cristo”[5].
Esta reunião é mais do que uma lembrança histórica, mais do que uma recordação, mais do que um momento de saudosas lembranças - é a hora encarnacional do Senhor Jesus em nosso presente. Cumpre-se a Palavra: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” - Hb. 13.8. O mesmo Senhor que venceu a morte e ressuscitou no passado é o mesmo que é Real no presente de nossas vidas e ministra o Seu poder em nossa existência contra as adversidades.
A Bíblia exorta ao cristão quanto ao fato dele ter um grande Sumo Sacerdote - Jesus Cristo, portanto, ele deve reter firmemente a sua confissão de fé n’Este Senhor que penetrou nos céus, considerando que jamais este Sumo Sacerdote não irá compadecer-Se das fraquezas deste cristão. Quando Ele Se encarnou, sendo como um dos cristãos, foi tentado em tudo (mas, sem pecado). Diante deste Senhor em Seu trono de graça, o cristão pode achegar-se para alcançar misericórdia e achar graça, sendo ajudado por Ele em tempo oportuno[6]. Esta ação do Senhor Jesus é real e certa quando invocada no culto, pois “o Cristo continua sua obra salvadora por meio do Espírito Santo”[7].
O Culto Cristão é a reunião do Corpo Vivo em que a Cabeça está presente e age em prol dos membros deste corpo. O corpo está ali em obediência à Cabeça sempre esperando o comando e o agir da cabeça, pois “o próprio Cristo está presente e age por meio da Igreja, sua ecclesia, enquanto ela age com Ele”[8]. Diante desta realidade os eventos históricos pertinentes à salvação realizada no passado pelo Cristo, evidenciam-se no presente com toda a sua plenitude e materializam na vida do pecador perdido o poder eterno do Senhor para salvar. ” O que Cristo realizou no passado volta a ser concedido à pessoa que presta culto, para que o experimente e aproprie no tempo atual. A pessoa participante do culto pode assim voltar a experiênciá-los para sua própria salvação”[9].
O professor White concede-nos um relato histórico sobre Israel, plenamente utilizável como analogia para este assunto supracitado. Ele historia acerca do fato do ofício sinagogal, que parece ter surgido, segundo ele, para preencher “uma função nacionalista, a sobrevivência de Israel durante o exílio na Babilônia. Israel mantinha sua identidade pela lembrança”[10]. Este espírito de sobrevivência caracterizava-se pela capacidade de recordar os feitos divinos em prol do povo de Israel. Esta recordação de fatos divinos no passado trazia para o presente do povo em exílio a esperança da intervenção divina no auge de suas necessidades em terra estranha. Aquele Deus que no passado havia libertado da escravidão no Egito, o povo de Israel, era o mesmo que poderia livrá-los do cativeiro babilônico e os reintroduzí-los na terra prometida. Semelhantemente, a Igreja recorda-se dos feitos salvíficos realizados pelo Cristo na Cruz do Calvário e, no presente, se apropria deles.
O caráter anamnésico do Culto Cristão é passivo ou ativo? Basta acontecer o culto e, automaticamente, os efeitos salvíficos do passado são manifestos no presente? Em que dimensão, grau e níveis manifesta-se o caráter anamnésico do Culto Cristão?
Entendo que se tratando da Igreja Invisível o caráter anamnésico do Culto Cristão é constantemente ativo, mas quanto à Igreja Visível é constantemente passivo, sendo o mesmo ativado pela “FÉ”[11]. O escritor da Epístola Aos Hebreus, inspirado pelo Espírito Santo, é enfático quanto a este evento em foco: Um grupo reuniu-se para ouvir a Palavra de Deus, mas de nada adiantou porque a “FÉ” não foi adicionada à Palavra de Pregação recebida. Nesta ocasião, ficou constatado pela Palavra de Deus que o caráter anamnésico do Culto Cristão não manifestou o efeito salvífico nos ouvintes.
A Igreja Visível quando liga alguma coisa aqui na terra é porque terá (antes) acontecido nos céus (Igreja Invisível): “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado no céu” - Mt. 18.18[12]. Esta ação acontece no meio em que a FÉ aciona a descida dos acontecimentos dos céus à terra.
Não é o bastante acontecer um culto para que o caráter anamnésico do Culto Cristão cumpra-se cabalmente, é preciso que Deus agite as águas[13]. Estas águas são agitadas na soberania divina através dos dispositivos que Ele mesmo estabeleceu para a Igreja. Não há como estabelecer novas linhas de pensamentos e operações e falar para Deus ratificá-las. A Igreja é divina-humana e não humana-divina. O que acontece aqui na terra, terá antes acontecido nos céus.
Creio que tanto as dimensões, os graus e os níveis da manifestação do caráter anamnésico do Culto Cristão estão situados em primeira instância na ação total do Senhor Jesus, Cabeça do Corpo; em segunda instância, estão situados na resposta do Corpo de Cristo à esta ação; e em terceira instância, estão situados na consolidação que a Cabeça fará na vida do Corpo. Há uma ação primordial realizada pelo Senhor quanto à esfera em que Ele irá agir, é Ele quem determina isto. É soberania divina[14]. Não adianta querer ensinar ao Eterno. Ele é Senhor, Rei e Deus![15] Quanto à segunda instância, é o Senhor quem é o responsável tanto pelo querer como pelo efetuar[16]. Ele é quem inclina o coração do rei, como quer. Ele é quem inclina o coração da Igreja. Ele é quem direciona a Igreja no agir[17] da Obra Salvífica aos pecadores perdidos, mas o ser humano também participa, reagindo positivamente. Em terceira e última instância, é Ele quem consolida a boa Obra iniciada por Ele. É Ele quem efetiva, quem conclui, quem sela, quem dá o acabamento final. Diante destas considerações, entendo que o próprio Senhor determina as dimensões, os graus e os níveis tanto no que diz respeito a Ele, como no tocante à Igreja. Cabe, porém, à Igreja oferecer respostas pertinentes e cabíveis dentro dos limites da vontade divina, tais como: santificação, fé, dedicação, voluntariedade, despreendimento, renúncia, etc.
O caráter anamnésico do Culto Cristão é imprescindível para a vida da Igreja, pois o mesmo se constitui em instrumento útil através do qual o Senhor opera no nosso presente aquilo que já fez no passado.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

TREMOR DE 5,2 GRAUS NA ESCALA RICHTER ATINGE SP ...

Um terremoto de 5,2 graus de magnitude na escala Richter atingiu diversas regiões de São Paulo na noite desta terça-feira (22), e foi sentido em mais quatro Estados. O epicentro foi no mar, a 215 km da costa do Estado de São Paulo, segundo informação do Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB). O fenômeno foi registrado às 21h00min48 e durou três segundos. O tremor foi um dos sete maiores em magnitude registrados por sismógrafos no país, segundo o professor George Sand França, da UnB.

Não há registro de feridos ou de ocorrências graves, mas foram registradas rachaduras em edifícios no bairro do Butantã e no Hospital Estadual da Vila Alpina, na zona leste da cidade.

Leia reportagem Aqui

MAIORES ABALOS NO BRASIL

Porto dos Gaúchos (MT)

1955

6,6

Litoral de Vitória (ES)

1955

6,3

Tubarão (SC)

1939

5,5

Codajás (AM)

1983

5,5

Pacajus (CE)

1980

5,2

São Paulo (SP)

2008

5,2

Mogi-Guaçu (SP)

1922

5,1

João Câmara (RN)

1986

5,1

Plataforma (RS)

1990

5,0

Itacarambi (MG)

2007

4,9

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Em poucas palavras: Quem é Jesus?

Que homem é este...?

Esta foi a interrogação dos seus mais íntimos discípulos, quando em apuros chamaram por Ele. Perto dEle tudo vira bonança!

Ele é o mais incrível de todos os homens, na sua essência, Ele é Deus.

Falaram dEle

- H. G. Wells "Os quatro Evangelhos, todos eles, dão-nos o retrato de uma personalidade muito definida, obrigando-nos a dizer: 'Esse homem existiu. Isso não pode ser inventado.'"

- Benjamin Franklin "Achar que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é o resultado de uma explosão numa tipografia."

- Isaac Newton "Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilha, a harmonia e a organização do universo só pode ter se efetuado conforme um plano de um ser todo-poderoso e onisciente".

- Albert Einstein "Ninguém pode negar o fato de que Jesus existiu, nem que seus ensinamentos sejam belos. Ainda que alguns deles tenham sido proferidos antes, ninguém os expressou tão divinamente."

- Friedrich Nietzsche “Chamado o grande filósofo do ateísmo", escreveu a um amigo sobre a pessoa de Jesus Cristo: "Eu sei que, se não O encontrar, não terei repostas para minha vida." E no final de sua vida, durante a qual rejeitou a Cristo, ele escreveu: "Ai daquele que não tem lar!"

- Chuck Norris (ator e empresário) "Homens de verdade vivem para Cristo"

- Voltaire, filósofo francês há cem anos atrás “Cem anos depois de minha morte não haverá mais cristãos, não haverá mais Bíblias, não haverá mais a Palavra de Deus, e desaparecerá definitivamente toda memória de Cristo e seus ensinamentos...”

- Napoleão Bonaparte “Eu estava fazendo uma revolução na força da guerra..., mas lendo as páginas deste livro (a Bíblia) descobri que Cristo fez uma revolução muito maior do que eu, sem violência e destruição, fez a revolução do amor e da liberdade espiritual mediante o sangue da sua cruz.”

- Luiz Inácio Lula da Silva, falando sobre Jesus à revista Estampa “Ele foi o maior de todos os personagens históricos, aquele que teve mais significado e importância, tanto que a humanidade divide a história em a.C. e d.C.”

- Louis Pasteur , importante médico e cientista francês, formulou assim sua opinião acerca da divindade de Jesus: "Em nome da ciência eu proclamo a Jesus Cristo como Filho de Deus. Meu senso científico, que valoriza muito a relação entre causa e efeito, compromete-me a aceitá-lo como fato. Minha necessidade de adorar encontra nEle a mais plena satisfação."

Ele é muito mais que isso

Para o cego, Jesus é luz....Para o faminto, Jesus é o pão...Para o sedento, Jesus é a fonte...Para o morto, Jesus é a vida..Para o enfermo Jesus é a cura... Para o prisioneiro, Jesus é a liberdade...Para o solitário, Jesus é o companheiro...Para o mentiroso, Jesus é a Verdade...Para o viajante, Jesus é o caminho...Para o visitante, Jesus é a porta...Para o sábio, Jesus é a sabedoria...Para a medicina, Jesus é o médico dos médicos...Para o réu, Jesus é o advogado...Para o advogado, Jesus é o Juiz...Para o Juiz, Jesus é a justiça.... Para o triste , Jesus é a alegria.... Para o leitor, Jesus é a palavra....Para o pobre, Jesus é o tesouro....Para o devedor, Jesus é o perdão...Para o fraco, Jesus é a força....Para o forte, Jesus é o vigor...Para o inquilino, Jesus é a morada...Para o fugitivo, Jesus é o esconderijo...Para a ovelha, Jesus é o bom pastor...Para o problemático, Jesus é a solução....Para o astrônomo, Jesus é a estrela do oriente....Para o mundo, Jesus é o salvador...Para Judas, Jesus é o inocente...Para os demônios, Jesus é o santo de Deus...Para Deus, Jesus é o Filho amado...Para o tempo, Jesus é o relógio de Deus...Para o relógio, Jesus é a última hora...Para Israel, Jesus é o Messias...Para as nações, Jesus é o desejado...Para a Igreja, Jesus é o noivo amado....
Para o vencedor, Jesus é a coroa...Para a gramática, Jesus é o verbo...Para o alfaiate, Jesus é o que nos veste com veste de justiça...Para o solitário, Jesus é o amigo mais chegado que um irmão

quarta-feira, 16 de abril de 2008

HISTORIA DA LITERATURA - 1 Síntese

Introdução

Na origem, a literatura de todos os povos foi oral. Apesar de originar-se etimologicamente da palavra letra (do latim, littera, letra), a Literatura surgiu nos primórdios da humanidade, quando o homem ainda desconhecia a escrita e vivia em tribos nômades, à mercê das forças naturais que ele tentava entender através dos primeiros cultos religiosos. Lendas e canções eram transmitidas de forma oral através das gerações. Com o advento da escrita, as paredes das cavernas começaram a receber pinturas e desenhos simbólicos que passaram a registrar a tradição oral. Mais tarde surgiriam novas formas para armazenar essas informações, como as tabuletas, óstracos, papiros e pergaminhos. Dessa maneira, as primeiras obras literárias conhecidas são registros escritos de composições oriundas de remota tradição oral. A maior parte da literatura ocidental antiga se perdeu. Cada uma das cinco civilizações mais antigas que se conhecem - Babilônia e Assíria, Egito, Grécia, Roma e a cultura dos israelitas na Palestina - entrou em contato com uma ou mais dentre as outras. Nas duas mais antigas, a assírio-babilônica, com suas tabulas de argila quebradas, e a egípcia, com seus rolos de papiro, não se encontra relação direta com a idade moderna.

Na Babilônia, porém, se produziu o primeiro código completo de leis e dois épicos de mitos arquetípicos - o Gilgamesh e o Enuma Elish que vieram a ecoar e ter desdobramentos em terras bem distantes. O Egito, que detinha a intuição mística de um mundo sobrenatural, atiçou a imaginação dos gregos e romanos. Da cultura hebraica, a principal herança literária para o Ocidente veio de seus primeiros manuscritos, como o Antigo Testamento da Bíblia. Essa literatura veio a influenciar profundamente a consciência ocidental por meio de traduções para as línguas vernáculas e para o latim. Até então, a ensimesmada espiritualidade do judaísmo mantivera-a afastada dos gregos e romanos. Embora influenciada pelos mitos religiosos da Mesopotâmia, da Anatólia e do Egito, a literatura grega não tem antecedentes diretos e aparentemente se originou em si mesma. Nos gregos, os escritores romanos buscaram inspiração para seus temas, tratamento e escolha de verso e métrica.

A chamada literatura clássica, que engloba toda a produção greco-romana entre os séculos V a.C. e V d.C., vai influenciar toda a literatura do Ocidente. Preservadas, transformadas, absorvidas pela tradição latina e difundidas pelo cristianismo, as obras da Grécia antiga e de Roma foram transmitidas para as línguas vernáculas da Europa e das regiões colonizadas pelos europeus. Todos os gêneros importantes de literatura - épica, lírica, tragédia, comédia, sátira, história, biografia e prosa narrativa – foram criados pelos gregos e romanos, e as evoluções posteriores são, na maioria, extensões secundárias.


Escolas Literárias:


No estudo da literatura, costuma-se dividir a produção literária de um país em Eras, e essas Eras se dividem em fases menores, chamadas de escolas literárias ou estilos de época. As escolas literárias delimitam períodos da história da literatura nos quais o contexto político-econômico e os fatores sócio-culturais se manifestam no comportamento, nos costumes, na arte e, portanto, na produção literária vigente, refletindo um conjunto de características comuns que impregnam as obras dos diversos autores, tanto no tocante à linguagem, quanto aos temas e à maneira de conceber o mundo e expressar a realidade. Dessa forma, os marcos divisórios das escolas literárias costumam coincidir com as grandes transformações históricas vividas num país. Todavia, cabe ressaltar que, evidentemente, dentro de cada estilo de época, existem também os estilos pessoais de cada autor. Como as primeiras manifestações literárias brasileiras datam do século XVI, vamos iniciar nossa abordagem pela Era Medieval da literatura portuguesa, que compreende o Trovadorismo e o Humanismo, que refletem o período em que Portugal se consolidava

como Estado-Nação e a língua portuguesa adquiria independência do galego. Depois,vamos iniciar a abordagem do Quinhentismo brasileiro ao mesmo tempo em que Portugal inicia o Renascimento.

HISTÓRIA ECLESIÁSTICA - 1 Síntese

Introdução

NOMES BÍBLICOS DA IGREJA

1. No velho testamento - O velho testamento emprega duas palavras para designar a igreja, a saber, qahal (ou kahal) , derivada de uma raiz , qal (oukal) obsoleta, significando .chamar., .edhah, deya.dah, .indicar. ou .encontrar-se ou reunir-se num lugar indicado..

Conseqüentemente , vemos ocasionalmente a expressão qehal.edhah , isto é, .a assembléia da congregação., (Êx.: 12:6; Nm 14:5; Jr26:17). Vê-se que, às vezes, a reunião realizada era uma reunião de representantes do povo ( Dt 4:10;18:6 comp. 5:22,23; 1 Rs 8:1,2,3,5 ;2 Cr 5, 2-6). Synagoge é a versão usual , quase universal, de.edhah na Septuaginta, e é também a versão usual de, qahal no Pentateuco.Nos últimos livros da Bíblia (Velho testamento) , porém, qahal é geralmente traduzida por ekklesia. Schuerer afirma que o juda-ísmo mais recente já indicava a distinção entre synagoge como designativo da congregação de Israel como uma realidade empírica, e ekklesia como o nome da mesma congregação considerada idealmente.

2. No novo testamento - O novo testamento também tem duas palavras , derivadas da Setuaginta,quais sejam, ekklesia , de ek e Kaleo , .chamar para fora., .convocar., e synagoge , de syn e ago , significando.reunir-se. ou .reunir..Synagoge é empregada exclusivamente para denotar , quer as reuniões religiosas dos judeus, quer os edifícios em que eles se reuniam par o culto público, ( Mt 4:23 ; At 13:43;Ap 2:9 ; 3:9). O termo Ekklesia , porém, geralmente designa a igreja neotestamentária, embora alguns poucos lugares denote assembléias civis comuns,(At19:32,39,4l).No novo testamento , Jesus foi o primeiro a fazer uso da palavra, e Ele a aplicou ao grupo dos que se reuniram em torno dele, ( Mt 16:18) , reconheceram-no publicamente como seu Senhor e aceitaram os princípios do reino de Deus . Mais tarde, como resultado da expansão da igreja, a palavra adquiriu várias significações. Igrejas foram estabelecidas em toda parte; e eram também chamadas Ekklesiai , desde que eram manifestações da Igreja Universal de Cristo. A) Com muita freqüência a palavra ekklesia designa um círculo de crentes de alguma localidade definida, uma igreja local, independentemente da questão se esses crentes estão reunidos para o culto ou não. Algumas passagens apresentam a idéia de que se acham reunidos, (At5:11 ;11:26 ; 1 Co 11:18 ; 14:19,28,35); enquanto que outras não (Rm 16:4 ; 1Co 16:1 ; Gl 1:2 ; 1 Ts 2:14, etc.B) Nalguns casos, a palavra denota o que se pode denominar ekklesia doméstica, igreja na casa de alguma pessoa. Ao que parece nos tempos apostólicos, pessoas importantes por sua riqueza ou por outras razões separavam em seus lares um amplo cômodo para o serviço divino. Acham-se exemplos deste uso da palavra em (Rm 6:23; 1Co 16:19; Cl 4:15 ; Fm 2).Finalmente , em seu sentido mais compreensivo, a palavra se refere a todo o corpo de fiéis, quer no céu , quer na terra, que se

uniram ou se unirão a Cristo como seu Salvador. Este uso da palavra acha-se principalmente nas cartas de Paulo aos Efésios e aos Colossenses, mais freqüentemente na primeira destas ( Ef 1:22; 3:10,21 ; 5:23-25,27,32 ; Cl 1:18,24).

Fonte: Manual de Teologia – Alexandre Z. Bacich

terça-feira, 15 de abril de 2008

Pastor que trabalha com presidiários ganha destaque no Fantastico


As atividades do Pr. Marcos Pereira, da Assembléia de Deus dos Últimos Dias, ganharam destaque no programa "Fantástisco" que foi ao ar em 06/04/2008.

Confira as imagens AQUI

Não conheço de perto as atividades e a vida do referido pastor, contudo, é preciso afirmar que não temos dúvida alguma sobre a ação malígna na vida de muitos, levando-os à prática de crimes horrendos.

Leia mais em Jornalismo Gospel

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Historia da Teologia - Teólogos importantes da História I

SÉCULO I
PAULO DE TARSO

(Nome original - Saulo) ou São Paulo, o apóstolo, (cerca de 3 - c. 66) é considerado por muitos cristãos como o mais importante discípulo de Jesus e, depois de Jesus, a figura mais importante no desenvolvimento do Cristianismo nascente. Paulo de Tarso é um apóstolo diferente dos demais. Primeiro porque ao contrário dos outros, Paulo não conheceu Jesus pessoalmente. Por outro lado, Paulo era um homem culto, freqüentou uma escola em Jerusalém, tinha feito uma carreira no Templo (era Fariseu), onde foi sacerdote. Destaca-se dos outros apóstolos pela sua cultura. A maioria dos outros apóstolos eram pescadores, analfabetos.A língua materna de Paulo era o grego. É provável que também dominasse o aramaico.Educado em duas culturas (grega e judaica), Paulo fez muito pela difusão do Cristianismo entre os gentios e é considerado uma das principais fontes da doutrina da Igreja. As suas Epístolas formam uma secção fundamental do Novo Testamento. Alguns afirmam que ele foi quem verdadeiramente transformou o cristianismo numa nova religião, e não mais uma seita do Judaísmo.Foi a mas destacada figura cristã a favorecer a abolição da necessidade da circuncisão e dos estritos hábitos alimentares tradicionais judaicos. Esta opção teve a princípio a oposição de outros líderes cristãos, mas, em conseqüência desta revolução, a adaptação do cristianismo pelos povos gentios tornou-se mais viável, ao passo que os Judeus mais conservadores, muitos deles vivendo na Europa, permaneceram fiéis à sua tradição, que não tem um móbil missionário.

SÉCULO II
POLICARPO DE ESMIRNA

23 de Fevereiro Policarpo de Esmirna (c. 70 — c. 160) foi um bispo de Esmirna (atualmente na Turquia) no segundo século. Morreu como um mártir, vítima da perseguição romana, aos 87 anos. É reconhecido como santo tanto pela Igreja Católica Apostólica Romana quanto pelas Igrejas Ortodoxas Orientais.O santo deste dia é um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano.São Policarpo foi ordenado bispo de Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista. De caráter reto, de alto saber, amor a Igreja e fiel à ortodoxia da fé, era respeitado por todos no Oriente.Com a perseguição, o Santo bispo de 86 anos, escondeu-se até ser preso e assim foi levado para o governador, que pretendia convencê-lo de ofender a Cristo. Policarpo, porém, proferiu estas palavras: "Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido Dele. Como poderei rejeitar Aquele a quem prestei culto e reconheço o meu Salvador".Condenado no estádio da cidade, ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos". São Policarpo viveu o seu nome - poli=muitos, carpo=fruto - muitos frutos" que foram regados com suor, lágrimas e, no seu martírio nos anos 155, regado também com sangue.

SÉCULO III
CLEMENTE DE ALEXANDRIA

Tito Flávio Clemente, nome de Clemente de Alexandria (150 - 215), escritor grego, teólogo e mitógrafo cristão nascido em Atenas, pesquisador das lendas menos compatíveis com os valores cristãos, defensor da rebelião contra a opressão, que levou ao conceito de guerra justa, considerado o fundador da escola de teologia de Alexandria.Combateu também o racismo, que via como base moral da escravidão. De pais pagãos, convertido ao cristianismo por seu mestre patrístico Panteno (século II), abraçou a nova fé e sucedeu-lhe como líder espiritual da comunidade cristã de Alexandria, onde permaneceu durante vinte anos, tornando-se um dos mais inteligentes e ilustrados dos padres primitivos. Entre suas obras de ética, teologia e comentários bíblicos destaca-se a trilogia formada por Exortação, Pedagogo e Miscelâneas. Do período de formação da patrística e pré-nissênico com nomes da escola cristã de Alexandria, combateu os hereges gnósticos.

SÉCULO IV

Embora ele tenha sido instruído profundamente na filosofia neoplatônica, decidiu voltar-se ao cristianismo. Estabeleceu o programa educativo da escola catequética alexandrina, que séculos mais tarde serviria de base ao trivium e ao quadrivium, grupos de disciplinas que constituíam as artes liberais na Idade Média. Defendeu a teoria da causa justa para a rebelião contra o governante que escravizasse seu povo. Em O Discurso escreveu sobre a salvação dos ricos e sobre temas como o bem-estar, a felicidade e a caridade cristã. Durante a perseguição aos cristãos (201) pelo imperador romano Sétimo Severo transferiu seu cargo na escola catequética ao discípulo Orígenes e refugiou-se na Palestina, junto a Alexandre, bispo de Jerusalém, lá permanecendo até sua morte. Como se vê, Clemente de Alexandria teve um papel importantíssimo na história da interpretação biblica entre os judeus e os cristãos no período patrístico.Em Alexandria a religião judaica e a filosofia grega se encontraram e se influenciaram mutuamente criando a escola que influenciou a interpretação bíblica. Esta escola influenciada pela filosofia platônica, encontrou um método natural de harmonizar religião e filosofia na interpretação alegórica da Bíblia. Clemente de alexandria foi o primeiro a aplicar o método alegórico na interpretação do Antigo Testamento. A interpretação bíblica alégorica acreditava que era mais madura do que o interpretação no sentido literal.Datam do período helenístico as primeiras aproximações do budismo com o mundo ocidental. Mercadores indianos que viviam em Alexandria propagaram sua fé budista pela região. Clemente de Alexandria foi o primeiro autor ocidental a citar em suas obras o nome de Buda.Inspirados em Orígenes e na Escola de Alexandria, muitos escritores cristãos desenvolveram suas obras: Júlio Africano, Amônio, Dionísio de Alexandria, o Grande, Gregório, o Taumaturgo, Firmiliano, bispo de Cesareia, na Capadócia, Teognostos, Pedro de Alexandria, Pânfilo e Hesíquio Held.

SÉCULO IV
ATANÁSIO DE ALEXANDRIA

(295-373), considerado santo pela Igreja Ortodoxa e Católica (esta última reverencia-o também como um dos seus trinta e três Doutores da Igreja) e ainda um dos mais prolíficos Padres da Igreja Orientais.Foi um dos defensores do ascetismo cristão, tendo inaugurado o género literário da hagiografia, com a Vida de Santo Antão do Deserto, escrita primeiramente em grego e logo traduzida para latim, tendo-se difundido com grande rapidez pelo Ocidente do Império Romano. Este género baseava-se nas Vitæ de autores romanos pagãos (v. g., as Vidas dos Doze Césares, de Suetónio); porém, o que Atanásio procura fazer é tornar as Vitæ um modelo a ser seguido por todo o rebanho cristão, e é nesse sentido que é visto como criador do género; o que relata não tem que ser necessariamente verdadeiro, antes deve infundir no crente cristão a vontade de cultivar esse mesmo modelo de vida. Do ponto de vista doutrinal, foi perseguido e exilado devido às acesas discussões que manteve contra partidários do Arianismo; para além disso, defendeu a consubstanciação das três pessoas divinas na Santíssima Trindade, tal como definido pelo Concílio de Niceia, em 325, no Credo Niceno.

SÉCULO V
AURÉLIO AGOSTINHO

(Do latim, Aurelius Augustinus), Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho foi um bispo católico, teólogo e filósofo que nasceu em 13 de Novembro de 354 em Tagaste (hoje Souk-Ahras, na Argélia); morreu em 28 de Agosto de 430, em Hipona (hoje Annaba, na Argélia). É considerado pelos católicos santo e doutor da doutrina da Igreja.Santo Agostinho cresceu no norte da África colonizado por Roma, educado em Cartago. Foi professor de retórica em Milão em 383. Seguiu o Maniqueísmo nos seus dias de estudante e se converteu ao cristianismo pela pregação de Ambrósio de Milão. Foi batizado na Páscoa de 387 e retornou ao norte da África, estabelecendo em Tagaste uma fundação monástica junto com alguns amigos. Em 391 foi ordenado sacerdote em Hipona. Tornou-se um pregador famoso (há mais de 350 sermões dele preservados, e crê-se que são autênticos) e notado pelo seu combate à heresia do Maniqueísmo. Defendeu também o uso de força contra os Donatistas, perguntando "Por que . . . a Igreja não deveria usar de força para compelir seus filhos perdidos a retornar, se os filhos perdidos compelem outros à sua própria destruição?" (A Correção dos Donatistas, 22-24)Em 396 foi nomeado bispo assistente de Hipona (com o direito de sucessão em caso de morte do bispo corrente), e permaneceu como bispo de Hipona até sua morte em 430. Deixou seu monastério, mas manteve vida monástica em sua residência episcopal. Deixou a Regula para seu monastério que o levou a ser designado o "santo Patrono do Clero Regular", que é uma paróquia de clérigos que vivem sob uma regra monástica.Agostinho morreu em 430 durante o cerco de Hipona pelos Vândalos. Diz-se que ele encorajou seus cidadãos a resistirem aos ataques, principalmente porque os Vândalos haviam aderido ao arianismo, que Agostinho considerava uma heresia.

SÉCULO IX
JOÃO ESCOTO ERÍGENA

(810, Irlanda - Paris, 877) [também conhecido como Escoto de Erigena, John Scotus Erigena ou Johannes Scotus Eriugena]. Filósofo, teólogo e tradutor escocês da corte de Carlos, o Calvo, nascido na Scotia (hoje Irlanda), expoente máximo do renascimento carolíngio, no século IX, que escolheu como tema principal de seus estudos as relações entre a filosofia grega e os princípios do cristianismo.Convidado pelo rei franco Carlos, o Calvo (845), viveu na corte onde ensinou gramática e dialética. Sua obra caracterizou-se por sua poderosa síntese filosófico-teológica e pela obscuridade estrutural. Seus principais livros foram De praedestnatione (851), obra condenada, em concílio, pelas autoridades eclesiásticas, e De divisione naturae (862-866), sua obra mais conhecida e também a mais importante, mostrava sua visão sobre a origem e a evolução da natureza, na tentativa de conciliar a doutrina neoplatônica da emanação com o dogma cristão da criação, também um livro posteriormente condenado. Também desenvolveu inúmeras traduções de textos de outros autores, principalmente atendendo pedidos do rei, Carlos. Suas traduções de Pseudo-Dionísio, o Areopagita, São Máximo, o Confessor e São Gregório de Nissa tornaram acessíveis aos pensadores ocidentais os escritos dos fundadores da teologia cristã.

SÉCULO XII
BERNARDO DE CLARAVAL

(O. Cist.), conhecido também como São Bernardo, era oriundo de uma família nobre de Fontaine-les-Dijon, perto de Dijon, na Borgonha, França. Nasceu em 1090 e morreu em Claraval em 20 de Agosto de 1153.Aos 22 anos foi estudar teologia no mosteiro de Cister (fr. Cîteaux). Em 1115 fundou a abadia de Claraval (fr. Clairvaux), sendo o seu primeiro abade. Naquela época enfrentou inúmeras oposições, apesar disto, acabou reunindo mais de 700 monges. Fundou 163 mosteiros em vários países da Europa.Durante sua vida monástica demonstrava grande fé em Deus serviu à igreja católica apoiando as autoridades eclesiásticas acima das pretensões dos monarcas. Em função disto favoreceu a criação de ordens militares e religiosas. Uma das mais famosas foi a ordem dos cavaleiros templários.Ao morrer o papa Honório II em 1130, Bernardo apoiou o papa Inocêncio II, que assim conseguiu se impor ao antipapa Anacleto II. Sempre influenciou os sucessivos pontífices com seu apoio. O rei Luís VII da França e o papa Eugénio III, em 1147, encomendaram a Bernardo a pregação da segunda cruzada. Porém, não aceitava as motivações políticas e econômicas subjacentes à iniciativa dos soberanos, mas mesmo assim apoiou.Durante toda sua vida monástica escreveu numerosos sermões e ensaios externando o seu espiritualismo contemplativo. Sua obra mais conhecida foi Adversus Abaelardum. Nela combateu as teorias do teólogo e filósofo Pedro Abelardo, por não aceitar as interpretações racionalistas que, segundo Bernardo, desvirtuavam a fé exigida pelos mistérios de Deus.Foi canonizado em 1174 pelo papa Alexandre III com o nome de São Bernardo. Em 1830 recebeu o título de doutor da Igreja Católica.