Culto: Serviço prestado a Deus pelo salvo e pela comunidade em todas as atividades vitais
e existenciais. Servir é a condição essencial do servo. No primeiro caso, trata-se da atividade constante
do real servidor de Deus, que o serve de dia e de noite com sua vida, testemunho, profissão e adoração.
No segundo, tem-se em vista a liturgia comunitária, a adoração dos irmãos congregados, o ser e a voz
da Igreja.
É pelo Espírito que a Igreja afirma que “Cristo é Senhor”. Sem ele tal confissão de fé
verdadeiramente não se pronuncia: “Ninguém pode dizer: Senhor Jesus! senão pelo Espírito Santo (I
Co 12.3b). A distintiva sabedoria de conhecer e proclamar a Palavra de Deus, no sacerdócio universal
de todos os crentes, vem do Espírito Santo (I Co 12.8), isto é, os dons da pregação, da profecia (I Co
14.3) e do ensino (Rm 12.7; Ef 4.11,12). O Espírito, por meio do culto, trabalha o aperfeiçoamento dos
santos, pois a liturgia contém os instrumentos necessários para isso: “Reconhecimento da presente
glória de Deus, confissão, perdão, adoração, louvor, dedicação, consagração, intercessão, ensino, proclamação,
comunhão. O convencimento do incrédulo é obra do Espírito (I Co 14.24,25; Jo 16.8-11).
Ao profeta, isto é, ao pregador compete pregar sempre.
A adoração verdadeira é produzida pelo Espírito Santo (Fp 3.3 cf Jo 4.24; Rm 8.26,27; I
Co 14.15; Ef 6.18; Jd 20). A hinologia de que Deus se agrada vem do Espírito, inspirador da letra e da
música (I Co 14.2,25; Ef 5.19). É também o Espírito que nos leva a Cristo e este nos coloca em
comunhão com o Pai (Ef 2.28). Por outro lado, o amor que nos vincula a Deus e nos une aos irmãos é
dádiva de Cristo mediante o Espírito (Rm 5.5 cf I Co 13). Deus organiza o culto cristão, como fez no
Velho Testamento, e o executa por meio de sua Igreja instrumentalizada pelo Espírito. No culto pagão,
o homem estabelece as normas de adoração de seus deuses e as pratica, sempre conforme os seus
interesses, satisfações e desejos. O culto bíblico é instituição divina. E Deus o criou e o organizou para
que o homem o satisfaça. O culto deve ser agradável a Deus, não ao homem (Rm 12.1.2). Este só
experimenta a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, quando oferece a ele a totalidade de sua
vida, corpo-espírito (Rm 12.2). Isto se dá de duas maneiras: Pela negação de si mesmo: pela consagração
de si mesmo (Lc 9.23-27).
Todo trabalho do cristão, no templo ou fora dele, realizado com dedicação, eficiência e
consagração, é culto ao Criador e Salvador. A adoração é filha da mordomia.
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